São João da Cruz concede ao "amor ao sofrimento" uma importância excepcional no processo da própria santificação, na sua obra Subida do Monte Carmelo, aconselha poeticamente:
Procure sempre inclinar-se:
não ao mais fácil, mas ao mais difícil;
não ao mais saboroso, mas ao mais desabrido;
não ao mais gostoso, mas antes ao que dá menos gosto;
não ao que é descanso, mas ao trabalhoso;
não ao que é consolo, se não antes ao desconsolo;
não ao mais, mas sim ao menos;
não ao mais alto e precioso, mas ao mais baixo e desprezível;
não ao que é querer algo, mas a não querer nada;
não andar buscando o melhor das coisas temporais, mas o pior, e desejar entrar em toda desnudez e vazio e pobreza por Cristo
de tudo quanto há no mundo.[3]